30 agosto 2010

Turismo no Amapá: Potencial x Realidade

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Muito se fala que Amapá tem um grande potencial turístico. Escuto isso desde que tinha 10 anos (estou com 31). Quando as pessoas falam disso, elas o fazem enchendo a boca, falando com orgulho, mas não deveria ser assim.

O fato de ter um “grande potencial turístico” não significa nada enquanto esse potencial não se tornar uma realidade. Ter belas paisagens para oferecer aos turistas não é suficiente enquanto não tivermos uma infraestrutrura adequado para recebê-los. Faltam hotéis para todos os orçamentos. Nosso aeroporto deveria se chamar “aeroporco” de tão ruim que é. O atendimento, em geral, está abaixo da crítica. Nossas estradas são horríveis. Não dá para negar que houve melhoras desde os meus 10 anos, mas a velocidade com que essas mudanças acontecem me faz imaginar que daqui a 30 anos estaremos só um pouco melhor do que hoje.

Como queremos que nossos turistas conheçam nossas belezas naturais se para chegar em Cutias (porta de entrada da pororoca) ele tem que enfrentar uns 90km de estrada de terra? E para chegar na Cachoeira de Santo Antônio no Jari se uma viagem até lá demore horas demais para deixar uma viagem agradável. Como queremos que se conheça o Rio Araguari e seus encantos se não há esgoto em Ferreira Gomes, Porto Grande e em todos os municípios que são banhados por esse rio belíssimo? E o que falar dos hotéis? Nada!

Em 2000 tive a oportunidade de morar na França e pude passear um pouco por esse país e por outros que lhe são vizinhos. Uma coisa que me marcou em relação ao turismo é que eles estão muito organizados para aproveitar seus potenciais e transformá-los em realidade ($$$). Em qualquer cidade que você vá, seja ela uma vila de uma rua só ou uma grande metrópole, você tem pelo menos um “Escritório de Turismo” com todos os eventos que ocorrerão no mês, informações sobre facilidades para o turista, peças teatrais, programação dos cinemas, festas populares, congressos, como chegar nas principais atrações naturais, … Tudo! Cheguei a ir em uma cidade que tinha 2000 habitantes e peguei um informativo desse que me deixou impressionado. Fora que as cidades são muito mais limpas e organizadas que as nossas. Uma pena.

Enquanto o Amapá tiver só um “grande potencial turístico” e não tiver esse potencial explorado com responsabilidade, continuará sendo um (quase) nada em se tratando de turismo. Pense nisso.

29 agosto 2010

Caros Candidatos

Juro: eu não quero votar branco/nulo. Já escrevi sobre isso aqui duas vezes. Mas ainda não me decidi.

Assistindo a TV, decidi pesquisar para me decidir em quem votar para Deputado Federal e Governador. Entrei no site do TSE para ver as fichas dos candidatos aos cargos. Mas resolvi fazer diferentes. Quero ouvir, ou melhor, ler suas propostas para que eu possa escolher em quem votar em 3/outubro. Tenho conhecidos e parentes que são candidatos, mas não quero dar meu voto por afinidade, somente. Quero votar bem e votar em parente/amigo/conhecido me parece muito simplista. Temos que votar melhor e isso passa por votar com consciência, não por afinidade. Isso aqui não é Big Brother!

Mandem-me um email (eracai@hotmail.com) com os motivos para que eu possa lhe depositar minha confiança. Mostre que você é capaz de persuadir seus eleitores. Convença-nos. Mas, por favor, não duvidem de minha inteligência e dos leitores desse blog. Nada de propostas gerais ou superficiais. Sejam mais original.

Proponha baseado em dados, sejam profissionais e objetivos. Quem usar jargões batidos como “É preciso mudar”, “Sou do povo”, “Tenho origem humilde”, “Sou a renovação”, etc, perderá a chance de ganhar meus votos.

Os emails que eu receber que considerar objetivo, claro e que sejam dignos de publicação, eu publicarei.

Fico no aguardo. Tomara que consigam me convencer. Boa sorte.

28 agosto 2010

Aos amigos Kely e Edgar

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Hoje, o casal amigo Kely e Edgar realiza seu chá de casa nova. Desejo muitas felicidades e amor a eles. Esses dois foram feitos um para o outro e quem os conhece tem certeza disso.

Amigos, sempre digo que a vida foi feita para se viver a dois. Não é fácil. Mas, com certeza, é mais feliz! Quando me casei, um amigo me mandou uma mensagem que me marcou muito e lhes digo agora:

- Bem-vindos ao mundo das pessoas felizes!

26 agosto 2010

Por que ela está na frente?

dilmaFui perguntado hoje do porque de Dilma está na frente nas pesquisas para presidente. Sabe o que eu respondi? Ela lidera porque brasileiro adora uma novela e seu programa na TV é uma ótima novela. Uma obra de ficção muito bem feita.

Uma novela rasa, sem muita profundidade, em que ela é a “mocinha”, Lula é seu namorado e “galã” da história e Serra é o “vilão”, capaz de todas as maldades para “destruir” o romance do “galã” com a “mocinha”.

Normalmente, os vilões são mais inteligentes e têm os melhores planos. Se dão bem durante a maior parte da novela, fazendo o casal de mocinhos sofrerem durante vários e vários capítulos. Mas vocês sabem o que acontece no final? Nos “finalmentes”, a mocinha ganha e vive feliz para sempre ao lado de seu galã, porque o povo tem pena e torce por eles.

O problema aqui é que, depois que acaba a “novela”, o país continua e a realidade é muito mais profunda e difícil do que a novela mostra. Se o Serra me ligasse hoje e quisesse minha opinião, eu diria para ele falar com o Manoel Carlos e pedir para ele escrever uma novela e pedir pro Jaime Monjardim dirigir. Assim, o final da novela poderia não ser tão feliz, afinal o “par romântico” não acabaria junto, mas o futuro seria bem mais próspero para o Brasil. E isso é o que importa…

25 agosto 2010

Get out!

Se sua paciência com a internet permitir, veja até o fim. Vale a pena.

Dilma: boa propaganda com mal produto.

Tenho assistido quase que diariamente o programa eleitoral gratuito e quero comentar sobre o programa de Dilma. Não há como negar que uma “propaganda” muito bem feita. A peça publicitária é de qualidade superior aos outros candidatos. Mas, e o conteúdo?

O brasileiro é, sem dúvida, um povo que se deixa levar pela emoção. Isso faz parte de nossas raízes. Somos latinos, afinal, e isso significa que somos passionais e tendemos ao emocional, que se sobrepõe ao racional. Saber usar isso em uma campanha publicitária é importantíssimo para se “vender” um produto.

Não temos como negar que o presidente é uma pessoa carismática. Ele chegou a presidência como um mito por conta de sua trajetória de vida e assim permaneceu durante os 8 anos, apesar de todos os erros e escândalos de seu (des)governo. As coisas boas que ele se apropriou do governo FHC passaram a ser dele e o povo, que não tem memória, acredita.

A peça de Dilma está “122%” apoiada no Lula. Ponto para ela.

Algum desavisado que assista ao programa, há de acreditar que Lula está disputando o 3º mandato. Ele aparece tanto ou mais que Dilma. Ele se apresenta com um ar messiânico e cheio de compaixão, como o grande líder que agora cumpre sua missão e entraga o trono a sua sucessora. Tem até musiquinha! Enquanto isso, Dilma, fala um pouco aqui, dá uns sorrisos ali. Aparecem pessoas sorrindo, correndo felizes, … Se eu fosse comprar um carro novo, compraria, certamente, um carro da marca “Dilma 13”!

Mas eu não vou comprar um carro! Nós não vamos escolher o transporte da nossa família para ir a um piquenique. Vamos escolher quem vai governar o Brasil nos próximos 4 anos, a pessoa que vai ter a chave do cofre onde está nossos tributos, o governante que vai dar as diretrizes para o futuro do Brasil. Como podemos escolher essa pessoa votando pela beleza da peça publicitária?

Dilma se diz preparada. Será? O cargo de presidente do Brasil não é um cargo técnico. É um cargo político. Se Dilma foi uma “excelente gerente”, como Lula já disse, isso não significa que ela esteja preparada para governar um país tão complexo e cheio de problemas como o nosso. Tanto não é um cargo técnico, que Lula, que é um político profissional e nem um pouco técnico, conseguiu governar.

Queria saber se, realmente, as pessoas que votam em Dilma acreditam que ela será mesmo uma boa governante para o Brasil, alguém capaz de administrar a pujança deste país que tem muito o que melhorar. Sinceramente, você acredita? Eu não… (clique!)

23 agosto 2010

Rio-Mar

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Em 1996, um colega da EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas), sabendo que eu era macapaense e que nossa cidade era banhada pelo Rio Amazonas, me perguntou:

- Qual a largura do Rio Amazonas? É como se fosse daqui para aquela árvore (apontando para uma árvore que ficava a uns 200m).

Queria lembrar quem foi esse colega para enviar-lhe essa foto do nosso Rio-Mar. Esta foto foi tirada neste domingo, numa tarde maravilhosa que se apresentava a nós, privilegiados.

Boa semana a todos!

22 agosto 2010

É preciso querer vencer sempre

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Sempre admirei o Cielo. Antes das Olimpíadas de Pequim, onde ele ganhou ouro nos 50m e bronze nos 100m, falei para minha esposa que ele era O cara no Brasil na natação.

Até então, só conhecia ele de resultados em provas. Não o conhecia em entrevistas, na sua determinação e sede pela vitória. Depois de ouvi-lo em diversas ocasiões, passei a admirá-lo mais e ver nele um exemplo para todos os brasileiros por nos ensinar que, sim, é possível ganhar e, não, a vitória não cai no nosso colo. Temos que buscá-la com muita determinação e disciplina.

De lá pra cá, Cielo bateu os recordes mundiais dos 50 e 100 metros livre e foi campeão mundial nessas provas. É, junto com Michael Phelps, o atleta masculino de natação mais admirado e temido. Mas isso não é suficiente.

Nesta semana ele participou do Pan Pacífico e não conseguiu repetir seus feitos. Foi bronze e prata nos 100 e 50m, respectivamente. Nas entrevistas pós-provas, ele foi direto: “Estou decepcionado!”, “Isso é uma derrota para mim.” Isso não é prepotência. Não significa que ele não sabe perder. Encaro isso como um incorformismo saudável.

Ele sabe que podia mais. E sabendo disso, ele não quer menos do que o máximo que ele pode. Ponto pra ele e exemplo para nós.

Se nós temos um talento (e todos temos!) devemos fazer o melhor possível com esse talento. Nem sempre conseguiremos. Mas querer muito e buscar muito ser o melhor no que fazemos tem que ser nossa meta. Sempre.

Uma frase que ouvi uma vez serve como exemplo: Se nascemos para ser garfo, nunca seremos felizes em sermos colher.

Valeu, Cesão. Destas derrotas virão as forças para muitas outras vitórias. Obrigado pelo exemplo.

Dolce far niente

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Sexta-feira passada assisti uma entrevista do Plínio Arruda Sampaio. Não concordei com 99% do que ele disse, mas concordei com uma opinião dele. Segundo ele, temos que ter na vida momentos de “preguiça”. Concordo.

Escutar uma música. Organizar suas coisas. Escrever. Ler. Assistir TV. Não fazer nada. Conversar com os amigos.

A vida fica muito mais leve.

Viva a doce arte de não fazer nada!!!

20 agosto 2010

Futebol: um escape

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Para quem gosta (e eu gosto muito), o futebol vai muito além dos 90 minutos de um jogo. Não são só 22 jogadores atrás de 1 bola. Ele leva consigo o fascínio do improvável, da superação, da grande vitória e da dura derrota.

Falo isso porque acabei de assistir a vitória do Palmeiras sobre o Vitória por 3 x 0. Placar que precisava para se classificar na Copa Sulamericana. Se eu fosse um palmeirense, certeza que estaria  eufórico e leria todos os blogs, noticiários, portais, etc. Mesmo não sendo, eu vibro pela paixão ao jogo.

Tem uma frase que diz que “futebol é a coisa mais importante entre as coisas menos importantes”. E faz todo o sentido. Ninguém precisa se matar de alegria ou de tristeza pelo resultado de uma partida. Mas vale curtir a vitória, reclamar da derrota, bagunçar com o colega que torce pra outro time e ser zoado quando o outro ganha do seu time. É um exercício de civilidade, até.

Sou flamenguista. Sou daqueles que lembra de resultados de 1992 (ou outra data mais antiga). Sei datas de grande vitórias ou derrotas do meu time. Lembro de gols e jogadores que estão esquecidos e acho muito bom ser assim. É um escape das coisas importates do dia-a-dia. Todo mundo deveria ter o seu. O meu é futebol.

Qual é sua “paixão” desimportante, hein?

19 agosto 2010

Minha primeira eleição

Dos 4 aos 10 anos, estudei no SESI aqui de Macapá. Vivi ótimos e inesquecíveis momentos naquela escola. Até hoje, tenho grandes amigos dessa época. Mas bom, o assunto é eleição, e lá aprendi uma lição muito importante sobre isso.

Quando tinha 9 anos, concorri como candidato a presidente do “Clube de Leitura Monteiro Lobato” do SESI. Era um clube que estimulava a leitura dos alunos da escola. Bom, como o pleito estava muito disputado, pedi pra minha mãe uma grana para comprar umas balas e ir nas turmas pedir o voto dos meus colegas.

Minha sábia mãe me falou (educou) algo do tipo:

- Meu filho, isso que você quer fazer está errado. Você tem que convencer seus colegas com suas propostas.

Fiz o que ela falou.

Resultado: perdi a eleição.

Duas ou três semanas depois, teve eleição para o “Centro Cívico Escolar” e como eu era um bom aluno, a diretora me colocou como presidente de uma das chapas. Desta vez, não segui os conselhos de minha mãe. Peguei uma graninha que tinha, comprei um saco de menta e fui distribuir nas salas, pedindo votos.

Logo que acabei, minha concorrente fez o mesmo que eu. Mas ao invés de mentas, ela distribuiu “Sonho de Valsa”.

Perdi, de novo!

É uma história até engraçada, mas que mostra que o “querer ganhar alguma vantagem” faz parte do DNA de nossa sociedade. Isso mudará quando “Donas Marias” (como minha mãe) forem maioria entre as mães desse país e ensinarem civilidade e ética dentro de casa e não esperar que a sociedade corrupta em que vivemos se encarregue disso. Quem sabe daqui a 1 ou 2 gerações?

Nunca foi tão difícil votar

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Desde as eleições de 1998, quando votei pela 1ª vez, nunca foi tão difícil pra eu escolher meus candidatos.

Nestas eleições, são 5 cargos para votar e só tenho definidos 2 votos: presidente (Serra 45) e deputado estadual (Bené do Equipe 23456). Para governador, deputado federal e senador realmente não faço idéia ainda para quem votar. Se o IBOPE vier me pesquisar, estarei entre os indecisos.

Tenho analisado os candidatos que se apresentam. Tenho muitas críticas a todos eles (principalmente aos candidatos majoritários, governador e senador) e algumas observações positivas de cada um deles.

Não sei. Uma certeza eu tenho. Em branco ou nulo eu não voto. Alguém terá o meu voto. Nem que seja o “menos pior”. Votar branco e nulo significa não participar e deixar que os outros decidam. Mas uma coisa eu afirmo: ESTÁ MUITO DIFÍCIL ESCOLHER.

16 agosto 2010

A importância do “QI”

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Por que em Macapá o “QI” – Quem Indica – é tão importante? Aqui parece que vale mais que o “QM” – Quem Merece. Se as pessoas competentes estivessem no lugar certo, seja no setor privado ou público, tenho certeza que nosso Estado estaria bem melhor.

Tenho uma teoria: o fato de ser um Estado pequeno ajuda muito. Qualquer um, com o mínimo de esforço, conhece alguém “importante” ou conhece alguém que conhece esse tal “importante”. Aí, já é meio caminho andado pra obter alguma vantagem.

Por isso que acho que, para o bem do Amapá e do Brasil, deveria ter algum(ns) candidatos comprometidos em limitar o número de indicações políticas para os cargos comissionados na administração pública. Ficaria limitado a poucos porcentos e mesmo assim, os candidatos deveriam ter um currículo profissional compatível com o perfil do cargo. Muitas distorções seriam evitadas e não há dúvidas que seria melhor para a população.

Agora, me digam, vocês acham que nossos políticos estão interessados em acabar com essa farra? Claro que não. Acabaria com o curral eleitoral deles.

Já sei! Vamos fazer um projeto de lei popular e mandar para a Assembléia. O que vocês acham? Quem for a favor, comenta aí.

E se Dilma ganhar?

A vitória de Dilma será um grande risco para o Brasil.

Não estou sendo fatalista nem querendo impor o terror eleitoral. Mas analisando friamente, acredito sim que sua eleição pode ser um desastre nacional.

Dilma só é candidata porque os postulantes a sucessor de Lula foram sendo varridos ao longo dos 8 anos de governo pelos escândalos. A idéia de um 3º mandato para Lula foi abandonada. Sobrou ela.

(Boa) Parte do PT preferia outro quadro de peso do partido para concorrer a eleição - Marta, Tarso Genro, Mercadante - mas Lula queria Dilma. Ok. Lula venceu e eis que sua “1ª Ministra” se apresenta ao pleito. Mas a partir de 1º de janeiro de 2011, Dilma, ganhando, terá que governar sem Lula para lhe dar as ordens.

Crises virão, como sempre vêm em qualquer governo. O que vocês acham que vai acontecer? O povo vai esquecer que Dilma é “filhote” do Lula, o PT vai iniciar o fogo amigo (fez isso até com o Lula!), o PMDB e outros partidos aliados vão querer mais poder no governo, mais diretorias de estatais, mais ministérios, mais, mais, mais… e Dilma corre o risco de terminar sozinha e o Brasil numa crise gigantesca.

Sinceramente, vocês acham que ela tem estatura política suficiente para segurar o rojão nos momentos mais difícieis? Lula, a seu favor, teve a aura de mito que carrega consigo para impedir que as denúncias grudassem na sua imagem. Mas, e Dilma? Há menos de 1 ano, apenas 1/3 dos brasileiros a conheciam minimamente.

Ela pode até ser uma boa funcionária, uma boa técnica. Mas ela é capaz de sentar na cadeira mais importante do país e levar o Brasil rumo ao futuro? Como dizia quando criança: DUVIDE-Ó-DÓ.

14 agosto 2010

É preciso tomar posição

Confesso que nunca em uma eleição foi tão difícil escolher os candidatos em quem votarei quanto está sendo nesta. Para alguns cargos, a opção pelo voto nulo/branco já passou pela minha cabeça.
Percebo que esse sentimento de dúvida e descrédito tem sido recorrente nas pessoas com as quais converso nos últimos dias. Refletindo, me questionei: “Vale a pena votar nulo/branco?”
NÃO! Não podemos deixar de participar desse momento e escolher bem nossos representantes. Temos que pesquisar suas propostas, suas realizações, seu passado, suas alianças. Não temos candidatos perfeitos. Muito pelo contrário! Todos são cheios de defeitos, alguns estão coligados com pessoas ou grupos que não gostamos, alguns têm manchas nos seus passados. Enfim, nosso trabalho de pesquisa será árduo.
Acreditos que temos candidatos bons. Não é possível que entre todos os que se apresentam pedindo nosso voto, não existam alguns que se salvem o possam representar bem nosso povo nos cargos a que concorrem.
A descrença é grande. Algumas frases são recorrentes:
“- Político nenhum presta.”
“- Eu não gosto de política.”
“- Só tem ladrão!”
Isso é normal, tendo em vista tudo que vemos ano após ano, décadas após décadas. Mas as pessoas boas e com boas propostas e com vontade de trabalhar não podem se abster de participar, propor, discutir, enfim, tomar posição!
Nesta eleição, é IMPERATIVO que escolhamos entre os MELHORES que estão aí. Candidato perfeito existem apenas nos discursos. TODOS tem seus “poréns”, mas como temos o poder do voto, vamos usá-lo bem.
Tome partido! Tenha lado! Não precisa criar inimigos. Se teu colega apóia “A” e você apóia “B”, não quer dizer que vocês são inimigos. Só têm opiniões diferentes. SIMPLES!
Povo, vamos conversar sobre política. Vamos discutir, debater, reclamar. Vamos participar! Já chega de deixar na mão dos PIORES nossos destinos.
Vamos lá. Nós precisamos APRENDER a votar.