16 agosto 2010

A importância do “QI”

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Por que em Macapá o “QI” – Quem Indica – é tão importante? Aqui parece que vale mais que o “QM” – Quem Merece. Se as pessoas competentes estivessem no lugar certo, seja no setor privado ou público, tenho certeza que nosso Estado estaria bem melhor.

Tenho uma teoria: o fato de ser um Estado pequeno ajuda muito. Qualquer um, com o mínimo de esforço, conhece alguém “importante” ou conhece alguém que conhece esse tal “importante”. Aí, já é meio caminho andado pra obter alguma vantagem.

Por isso que acho que, para o bem do Amapá e do Brasil, deveria ter algum(ns) candidatos comprometidos em limitar o número de indicações políticas para os cargos comissionados na administração pública. Ficaria limitado a poucos porcentos e mesmo assim, os candidatos deveriam ter um currículo profissional compatível com o perfil do cargo. Muitas distorções seriam evitadas e não há dúvidas que seria melhor para a população.

Agora, me digam, vocês acham que nossos políticos estão interessados em acabar com essa farra? Claro que não. Acabaria com o curral eleitoral deles.

Já sei! Vamos fazer um projeto de lei popular e mandar para a Assembléia. O que vocês acham? Quem for a favor, comenta aí.

2 comentários:

Jorge F. Monteiro disse...

Assino tudo que tu comentou nesse post.
E ainda complementando aquela tua do twitter...
o pobre vende o voto por uma cetsa basica ,o cara da classe media por um cargo e o rico empresário por um contrato daqueles maravilhosos.

FHC disse...

Aparenta ser um homem coerente senhor, é simples de compreender, é o povo quem permite. Nomeações e indicações arbitrárias são aceitas pela sociedade. Em nosso contrato social há restrições a tais práticas, só que nossa população teima em manter vivos no cenário político agentes que acreditam ser normal usar cargos públicos e sua influencia no setor privado como moeda na negociação com seus financiadores e para benefício próprio e de seus próximos. Não sei quantas gerações teremos de esperar para que haja uma mudança significativa nesse cenário, só trabalhando na formação dos que ainda podem aprender a decidir o futuro. Paciência e esperança.